a great man is hard himself

É a cidade que nos estraga, que nos engole com todas as suas luzes de diversas cores em tom de festa. Essas luzes são parte da camuflagem, tentam esconder os podres de uma sociedade em crise onde os bares estão cheios de garrafas que foram esvaziadas por sujeitos sem alma ou que a querem perder que vêm no álcool a única maneira de se encontrarem a eles próprios. As caixas registadoras estão repletas de notas e moedas que pagaram uma bebida fria servida num copo minúsculo que nos arranha a garganta e faz-nos desejar uma outra bebida, uma cadeira e um amigo para desabafar. E um amigo para desabafar não existe. O amigo meteu-se num carro e foi, deixando-me sem nenhuma explicação plausível e a cidade… essa continuou cintilante e cheia de “zombies clandestinos” a invadirem as ruas e a fazerem barulhos estranhos aos meus ouvidos.